Alta demanda afeta exportações e importações em GRU e VCP

Movimentação intensa é reflexo do tarifaço dos EUA e pressiona logística internacional

Os aeroportos de Guarulhos (GRU) e Viracopos (VCP) enfrentam um cenário crítico de alta demanda de cargas, afetando diretamente exportações e importações. O principal motivo é a antecipação de embarques por parte de empresas brasileiras, em resposta ao novo pacote tarifário dos Estados Unidos, com vigência prevista para 1º de agosto.

A consequência é um forte congestionamento nos terminais de carga, que compromete a fluidez operacional e eleva o risco de atrasos logísticos em ambas as direções da cadeia.

Atrasos e sobrecarga nos terminais de carga aérea

De acordo com comunicado oficial da GRU Airport, o armazém de exportação já opera acima do limite, com atrasos de até 12 horas nas janelas de atendimento, mesmo para cargas com reservas confirmadas. No caso da importação, a retenção de volumes e a lentidão na liberação alfandegária também agravam o cenário.

Enquanto isso, o aeroporto do Galeão (GIG), no Rio de Janeiro, segue com operação normal, sendo uma possível alternativa para desvio de cargas.

Principais impactos na logística internacional

Tanto os exportadores quanto os importadores precisam lidar com diversos desafios nos próximos dias:

-Atrasos na recepção e liberação de mercadorias;

-Dificuldades de agendamento de embarques com as companhias aéreas;

-Acúmulo de carga nos armazéns, aumentando os custos com armazenagem;

-Impacto direto nos prazos contratuais e de entrega ao cliente final.

Recomendações para mitigar prejuízos logísticos

Com o cenário de instabilidade e alto volume nos principais hubs aéreos do Brasil, especialistas recomendam:

-Confirmar previamente a reserva de espaço aéreo, tanto para exportação quanto para importação;

Redirecionar embarques urgentes para aeroportos menos congestionados, como GIG;

-Reavaliar cronogramas logísticos e informar clientes sobre possíveis atrasos;

-Monitorar os canais oficiais dos aeroportos e das companhias aéreas para atualizações em tempo real.

Conclusão

A pressão logística em GRU e VCP reforça a importância do planejamento estratégico nas operações de comércio exterior. Diante da instabilidade gerada pelas novas tarifas norte-americanas, alinhar prazos, redirecionar rotas e manter uma comunicação clara com parceiros será fundamental para manter a eficiência operacional.

Antecipe decisões e proteja suas operações de atrasos logísticos críticos.