
Brasil e EUA mantêm diálogo, mas tarifa de 50% segue prevista para agosto
Apesar dos esforços diplomáticos, as tratativas entre Brasil e Estados Unidos não avançaram a tempo de evitar a aplicação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo governo norte-americano. Em reunião recente, o vice-presidente Geraldo Alckmin classificou como “frutífera” a conversa com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. No entanto, nenhuma concessão foi obtida que suspenda a medida, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto de 2025.
Produtos mais afetados
A tarifa impactará diretamente setores estratégicos da economia brasileira, como:
–Agroexportação: café, suco de laranja, carne bovina e frango;
–Indústria de transformação: resinas plásticas, fertilizantes e componentes eletrônicos;
–Aeronáutico e bens de capital: peças e estruturas de aeronaves, motores e equipamentos industriais.
Riscos operacionais para importadores
Embora a medida seja uma retaliação contra o Brasil, seus efeitos indiretos podem afetar cadeias globais de suprimentos, inclusive empresas brasileiras que importam insumos de fornecedores americanos ou operam em regime de cadeia integrada.
A ausência de acordo imediato entre Brasil e EUA reforça a necessidade de resiliência estratégica e governança proativa por parte dos importadores. Além do impacto direto nos preços e na logística, o cenário demanda monitoramento contínuo das decisões multilaterais, especialmente no âmbito da Camex e da nova Lei da Reciprocidade Econômica, recentemente regulamentada.
A Power Trade segue acompanhando cada etapa dessas tratativas para orientar seus clientes com clareza, rapidez e segurança.