Situação Atual dos Portos de Santa Catarina: Retomada das Operações em Itajaí e Impactos na Logística Regional
O Porto de Itajaí voltou a operar de forma significativa após a retomada das atividades pela JBS Terminais. A empresa recebeu a certificação de alfandegamento da Receita Federal em outubro de 2024, o que permitiu a movimentação de contêineres nos berços arrendados. A previsão é que a JBS movimente cerca de 58 mil TEUs por mês, superando a meta mínima contratual de 44 mil TEUs, consolidando o porto como um importante hub logístico na região sul do Brasil.
A retomada das operações é vista como uma medida crucial para descongestionar os portos de Itapoá e Navegantes, que vinham enfrentando altos volumes e limitações logísticas. Com a entrada em operação de três linhas regulares de longo curso — MSC, Maersk e Hapag-Lloyd — e uma linha de cabotagem da Norcoast, espera-se que a redistribuição das operações alivie esses gargalos e otimize o fluxo de cargas em Santa Catarina. Além disso, a JBS Terminais está em negociação para adicionar mais duas linhas internacionais, com anúncios previstos para breve.
A retomada das atividades no Porto de Itajaí não apenas fortalece a logística de exportação, especialmente de carnes congeladas, um dos principais produtos da região, mas também cria oportunidades de crescimento econômico local. Segundo a administração do porto, a expansão das operações deve gerar novos empregos diretos e indiretos, além de estimular setores relacionados ao comércio exterior e transporte de cargas.
Paralelamente, a JBS solicitou à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a liberação de mais áreas de armazenamento para suportar o aumento de volume e garantir a eficiência das operações portuárias, evitando gargalos e assegurando a continuidade do serviço de maneira fluida.
Com as novas linhas e a ampliação das operações, Itajaí se consolida como um polo estratégico para o comércio exterior no Brasil, trazendo dinamismo e competitividade ao setor portuário catarinense. Essa retomada é um passo importante para equilibrar as operações portuárias no estado e minimizar os atrasos anteriormente enfrentados em outros portos.